Artista da palavra, Cecília Meireles mostrou o mundo em profundidade
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Cecília Prada
Cecília Prada
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"Sua alma é com certeza milenar, na consciência com que desce às raízes do sentimento poético, considerando a sua fatalidade, e ao mesmo tempo deixando-se levar na ciranda aparentemente inútil dos sonhos, idealizações e freqüentes nostalgias de um estado ideal e perfeito de pulsar."
Walmir Ayala
Walmir Ayala
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Circunstâncias trágicas marcaram o início da vida de Cecília Meireles, nascida no Rio de Janeiro a 7 de novembro de 1901 e na mesma cidade falecida em 9 de novembro de 1964. Seu pai, Carlos Alberto de Carvalho Meireles, funcionário do Banco do Brasil, morreu aos 26 anos de idade, três meses antes de a filha nascer. Sua mãe, a professora municipal Matilde Benevides, morreu quando ela tinha 3 anos. Sozinha no mundo com a única remanescente da família, sua avó materna Jacinta Garcia Benevides, Cecília foi obrigada a manter "uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno que, para outros, constituem aprendizagem dolorosa e, por vezes, cheia de violência" (entrevista a "Manchete", 1959).
No entanto, lembrava sua infância de menina sozinha, que aprendia a cultivar como dons o silêncio e a solidão, como uma época maravilhosa – um fecundo tempo de aprendizado da realidade, o armazenamento de memórias, impressões e sensações que perdurariam, dando-lhe o material de sua imensa obra ("Grande aula, a do silêncio").
Circunstâncias trágicas marcaram o início da vida de Cecília Meireles, nascida no Rio de Janeiro a 7 de novembro de 1901 e na mesma cidade falecida em 9 de novembro de 1964. Seu pai, Carlos Alberto de Carvalho Meireles, funcionário do Banco do Brasil, morreu aos 26 anos de idade, três meses antes de a filha nascer. Sua mãe, a professora municipal Matilde Benevides, morreu quando ela tinha 3 anos. Sozinha no mundo com a única remanescente da família, sua avó materna Jacinta Garcia Benevides, Cecília foi obrigada a manter "uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno que, para outros, constituem aprendizagem dolorosa e, por vezes, cheia de violência" (entrevista a "Manchete", 1959).
No entanto, lembrava sua infância de menina sozinha, que aprendia a cultivar como dons o silêncio e a solidão, como uma época maravilhosa – um fecundo tempo de aprendizado da realidade, o armazenamento de memórias, impressões e sensações que perdurariam, dando-lhe o material de sua imensa obra ("Grande aula, a do silêncio").
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