23 de fev. de 2008

VIAGEM: A METAPOESIA EM CECÍLIA MEIRELES

VIAGEM: A METAPOESIA EM CECÍLIA MEIRELES
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André Luiz Alves Caldas Amóra (UniverCidade)
Tatiana Alves Soares Caldas (UNESA e UniverCidade)
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Uma palavra caída
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes.
(Cecília Meireles)

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A poesia brasileira, na segunda fase do modernismo, vivia seus melhores momentos. Era uma geração despreocupada com as questões imediatistas da geração de 22. Percebe-se, do ponto de vista literário, uma maturidade, pois não há mais a necessidade de escandalizar os meios acadêmico-culturais - tônica da Geração de 22 -, mas de levar adiante o projeto de liberdade de expressão. Nota-se a presença de versos livres e de sonetos voltados para as questões universais do homem e para os problemas de uma sociedade capitalista. Verificam-se ainda reflexões sobre o fazer poético, além do misticismo e da religiosidade.
Nessa fase encontram-se poetas como: Carlos Drummond de Andrade, com poesias sociais e de combate e reflexões sobre o papel do homem no mundo; Jorge de Lima, com poesias metafóricas e metafísicas; Murilo Mendes, com poesias surrealistas; Vinícius de Moraes, cuja poesia caminha cada vez mais para a percepção material da vida, do amor e da mulher, e Cecília Meireles, que envereda pela direção da reflexão filosófica e existencial, sendo a autora objeto deste estudo.
Cecília Benevides de Carvalho Meireles (1901-1964) é a primeira grande escritora da literatura brasileira e a principal voz feminina de nossa poesia moderna. Sua obra privilegia a riqueza do léxico, numa linguagem que explora os símbolos e as imagens sugestivas, sobretudo os de forte apelo sensorial, enveredando inclusive pela musicalidade.
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Um comentário:

Aivlis Bonini disse...

Estava acessando poemas de Cecília Meireles sobre vigens e cheguei em seu blog...

Parabéns pela iniciativa da campanha digital, pretendo participar.

Abraços, Silvia.