A TEMPORALIDADE EM CECÍLIA MEIRELES E FLORBELA ESPANCA
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INGRID DE ASSIS CARVALHO FERRO E SILVA
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UNAMA – UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
DEPARTAMENTO DE LÍNGUA E LITERATURA CURSO DE LETRAS
BELÉM-PARÁ
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Trabalho de graduação apresentado ao Curso de Letras e Artes da Universidade da Amazônia,
como requisito para obtenção do grau de Licenciatura Plena, orientado pela professora mestra Nelly Cecília Paiva Barreto da Rocha.
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“Pois todos os nossos dias se
passam acabam-se os nossos anos
como um breve pensamento”.
Salmo 90:9
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SUMÁRIO
Introdução................................................pág. 1 / 2
Cecília Meireles, em Prosa ............................pág. 3 / 6
Florbela Espanca, em Prosa ...........................pág. 7 / 9
Poema Cecília Meireles ................................pág. 10
Cecília Meireles e Florbela Espanca, em Poesia ....pág. 11 / 29
Conclusão ................................................pág. 30 / 31
Referências Bibliográficas .............................pág. 32 / 33
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INTRODUÇÃO
Cecília Benevides de Carvalho Meireles (1901- 1964) e Florbela de Alma da Conceição Espanca (1894 - 1930) contemplaram a mais sublime arte da palavra: a poesia. Como muitos artífices, elas souberam trabalhar papéis brancos e palavras soltas, a tessitura certa para cantar a vida e revelar o que se ia no mais profundo íntimo de suas almas, acalentadas pelo silêncio e pela solidão do mundo.
Essas Poetas abriram suas vidas, o diário íntimo de seus instantes onde palpitavam suas ânsias, seus prazeres, suas constantes lutas pela vida.
Aqui, rompe-se a linha do tempo, ultrapassa-se as épocas e unem-se os cantos poéticos de Cecília e Florbela em um só fio, o fio vivificador da vida, que faz com que a voz destas damas e mestras da arte poética, se reproduza e seja ouvida por aqueles
que procuram a Poesia.
Em cada poema encontra-se o mais puro sentimento, a feminilidade deduas mulheres que souberam viver, em meio às grandes perdas e lutas diárias, transformando suas dores em dons poéticos.
Cecília e Florbela não se integram, somente, a um único e breve instante.
Suas vozes quebraram os limites do espaço temporal. Por isso, fizeram-se atemporais.
Neste Trabalho, comparam-se alguns textos das duas Poetas da Literatura Brasileira e Portuguesa, com o intuito de mostrar como é trabalhada a transitoriedade da vida, o significado do tempo, a efemeridade de cada minuto de existência.
Divide-se, assim, em duas partes :
I. a primeira, “Cecília Meireles e Florbela Espanca em Prosa”
corresponde a um breve relato de suas vidas. Momentos que influenciaram suas
caminhadas enquanto poetas;
II. a Segunda parte “Cecília Meireles em poesia” e “Florbela Espanca em
poesia” corresponde ao desenvolvimento do tema. A preocupação temporal e o que as faz
atemporais. Que o tempo alie-se a nós na busca, incessante, pela poesia.
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Continue lendo em:
http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/monografias/Atemporalidade.pdf
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Um comentário:
Eu adoro Cecília Meirelles. Suas poesias são ternas e profundas. E eu sempre me identifico com elas. Adoro esta:
Depois do sol...
Fez-se noite com tal mistério,
Tão sem rumor, tão devagar,
Que o crepúsculo é como um luar
Iluminando um cemitério . . .
Tudo imóvel . . . Serenidades . . .
Que tristeza, nos sonhos meus!
E quanto choro e quanto adeus
Neste mar de infelicidades!
Oh! Paisagens minhas de antanho . . .
Velhas, velhas . . . Nem vivem mais . . .
— As nuvens passam desiguais,
Com sonolência de rebanho . . .
Seres e coisas vão-se embora . . .
E, na auréola triste do luar,
Anda a lua, tão devagar,
Que parece Nossa Senhora
Pelos silêncios a sonhar . . .
Parabéns, seu blog é lindo!
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